EDISON CREPANI (lattes)
JOSÉ SIMEÃO DE MEDEIROS (lattes)
Tipo
ARTIGO
Local/Data
XI Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto (2003)
RESUMO
RESUMO
O pequeno litoral do Estado do Piauí (cerca de 60 km) é praticamente todo ocupado por dunas (móveis e fixas), manguezais e apicuns (Figura 1).
Nas quatro últimas décadas a carcinicultura marinha (criação de camarões em cativeiro) teve um crescimento vertiginoso em função da demanda de países como os EUA, Japão e alguns países europeus no consumo de camarões peneídeos. Aproveitando a oportunidade econômica carcinicultores estão se estabelecendo em apicuns do Piauí desde os anos 80. A zona do apicum (em Tupi-Guarani brejo de água salgada à borda do mar ou coroa de areia feita pelo mar) faz parte da sucessão natural do manguezal para outras comunidades vegetais, sendo resultado da deposição de areias finas por ocasião da preamar.
O Código Florestal Brasileiro determina que as áreas de manguezal são consideradas Áreas de Preservação Permanente (APP). Como o Código não menciona especificamente o apicum, os tanques de carcinicultura foram e estão sendo construídos dentro do apicum, imediatamente na vizinhança da vegetação de mangue. Em resolução nº 303 de 20 de Março de 2002 o CONAMA determina que um manguezal não se limita à área coberta pela vegetação, abrange também os espaços arenosos à sua volta (apicum).
Este trabalho mostra como um banco de dados montado no SPRING 3.6 contendo diversas passagens de imagens TM e ETM Landsat de datas diferentes (1984, 1986, 1990, 2000 e 2001) permite que se mapeie, a partir de segmentação, classificação, mapeamento de classes para imagem temática e posterior edição matricial e vetorial, qualitativamente e quantitativamente, as áreas de ocorrência de dunas fixas e móveis, apicuns, mangues, tanques de carcinicultura e áreas onde a vegetação de mangue foi retirada para instalação dos referidos tanques.
Nenhum comentário:
Postar um comentário